Friday, October 08, 2010

Salão de Artes de Arroio Grande

A partir do dia 30 de setembro de 2010 estarão abertas as inscrições para o II Salão de Artes Plásticas de Arroio Grande.
Com o objetivo de fomentar,incentivar e valorizar a produção artística local, além de descobrir novos valores nas artes plásticas e promover o acesso à arte aos arroio-grandenses, nasceu no ano de 2009, o I Salão de Artes Plásticas de Arroio Grande , promovido pela Prefeitura de Arroio Grande,através da Secretaria Municipal de Cultura.
O tema deste ano, também é "Arroio Grande - Meu Lugar",para reforçar a idéia de registro das coisas de nossa Terra.Para que os artistas retratem o município de Arroio Grande,seus lugares e sua gente, nas categorias: Desenho, Pintura e Escultura.
Os prêmios são aquisitivos e as obras passam a pertencer ao Acervo da Pinacoteca Pública Municipal.

Saturday, July 17, 2010

Dicas de Pintura

- Lembre-se da regra: não podemos aplicar acrílico sobre o óleo.
- Misture as cores ciano, magenta e amarelo como a maioria de impressão e fotografia processo de alcançar a "cores" a partir desses primários.

Você irá escolher pintura a óleo ou acrílico, aproveite momentos maravilhosos.
O que você precisa para pintar e soltar sua imaginação:
Pincéis  números 8 e 12 chatos para iniciar (a princípio utilize os que já tem em casa, caso contrário compre os que possa ser utilizado tanto para acrílico como óleo).
Cavalete pode ser de mesa de acordo com o espaço disponível ou seja criativo forre o local onde irá trabalhar e utilize uma parede para encostar sua sua tela, seria bom utilizer algo que se acemelhe com cavalete para não criar o habito da mesa.
Solvente para tinta óleo e água para tinta acrílico
Tela 20 x 30
Palheta poderá utilizar as tintas acrílico ou óleo nas cores branco, vermelho, verde, azul, amarelo, preto , saiba mais no link: http://www.fazfacil.com.br/artesanato/cores.html
Cores:

Primárias: vermelho, azul e amarelo
Secundárias: verde, roxo e laranja
Terceárias: é o resultam da mistura de uma cor primária com uma ou duas cores secundárias. São todas as outras cores, como o marrom que é a mistura de amarelo ou vermelho com preto.
Cores Neutras: são usadas para complementar uma cor desejada, sendo que as cores neutras têm pouco reflexo. Entre as cores neutras podemos citar o branco, os tons cinza e marrons. O branco é luz isento de cor, o preto é a ausência de cor e os tons cinza é a mistura do branco com o preto.

magenta + marelo = vermelho
amarelo + ciano = verde
ciano + magenta = azul roxo (ou violeta)
Outra teoria:
amarelo + azul = verde
(Essa mistura não pode produzir o verde secundário. Por quê? Ora, se o azul é a mistura de ciano com magenta, ao se misturar com o amarelo irá produzir uma cor terciária.)
azul + vermelho = violeta
(Essa mistura jamais irá produzir o violeta. O vermelho é a mistura entre magenta e amarelo. Logo, o vermelho misturado ao azul produz, também uma cor terciária.)
vermelho + marelo = laranja
(Neste caso, obviamente, se acrescentarmos o amarelo ao vermelho teremos o laranja, porque, na Verdade, seria a mistura entre magenta e amarelo, só que a quantidade de amarelo é superior ao de magenta.)
Secundária
Se se misturarem duas cores primárias obter-se-á uma cor secundária ou binária:

Cor luz
Verde + Azul = Ciano
Azul + Vermelho = Magenta
Vermelho + Verde = Amarelo
Cor pigmento
Amarelo + Azul = Verde
Azul + Vermelho = Violeta
Vermelho + Amarelo = Laranja
Cores Terciárias
Se se misturar uma cor primária com uma secundária correspondente, isto é, que a contenha, o resultado será uma cor terciária ou intermediária. Por exemplo, a combinação de amarelo com alaranjado.
Estava esquecendo, você poderá optar por pintar no papel ao invés da tela, não é durável, como a tela tradicional, mas possível com menos custo para dar início.
Os demais marteriais com o tempo você mesma irá exigindo.
Mãos a obra!
Rejane
53-9105 1159

Monday, May 11, 2009


Filho de colecionadora diz que roubo de quadros nos Jardins foi encomendado
Dois quadros de Portinari e um de Tarsila foram levados no domingo. Polícia vai buscar imagens de câmeras de rua nos Jardins, em São Paulo.

Ardilhes Moreira Do G1, em São Paulo
O artista plástico Cláudio Maksoud, de 53 anos, disse acreditar que o roubo de quatro obras na casa de sua mãe, a colecionadora Ilde Maksoud, foi encomendado. “Levaram os três quadros mais importantes”, disse. A ação ocorreu em uma residência de alto padrão na Rua Estados Unidos, nos Jardins, área nobre da capital paulista. A quadrilha chegou na manhã de domingo (10), dia em que a família se reuniria para o almoço do Dia das Mães. Por volta das 9h, os criminosos simularam uma entrega de flores e tiveram a entrada liberada. “O que me chamou a atenção e vai para o Guinness Book é que entraram 20 pessoas. Minha mãe foi acordada por um homem com metralhadora no quarto”, diz o filho.

Sunday, May 03, 2009

O que significa a palavra GESTALT?
Gestalt é um termo intraduzível do alemão, utilizado para abarcar a teoria da percepção visual baseada na psicologia da forma.
Leis gestaltistas da organização
A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, descobriu certas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e idéias. Essas leis são nada menos que conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, quando age no processo de percepção. Os elementos constitutivos são agrupados de acordo com as características que possuem entre si, como semelhança, proximidade e outras que veremos a seguir. O fato de o cérebro agir em concordância com os princípios Gestálticos já poderia ser considerado a evidência fundamental de que a Lei da Pregnância é verdadeira. São estas, resumidamente, as Leis da Gestalt:
SEMELHANÇA: Ou "similaridade", possivelmente a lei mais óbvia, que define que os objetos similares tendem a se agrupar. A similaridade pode acontecer na cor dos objetos, na textura e na sensação de massa dos elementos. Estas características podem ser exploradas quando desejamos criar relações ou agrupar elementos na composição de uma figura. Por outro lado, o mau uso da similaridade pode dificultar a percepção visual como, por exemplo, o uso de texturas semelhantes em elementos do "fundo" e em elementos do primeiro plano.
PROXIMIDADE: Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão mais perto de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo, mais do que se estiverem distante de seus similares.
BOA CONTINUIDADE: Está relacionada à coincidência de direções, ou alinhamento, das formas dispostas. Se vários elementos de um quadro apontam para o mesmo canto, por exemplo, o resultado final "fluirá" mais naturalmente. Isso logicamente facilita a compreensão. Os elementos harmônicos produzem um conjunto harmônico. O conceito de boa continuidade está ligado ao alinhamento, pois dois elementos alinhados passam a impressão de estarem relacionados.
PREGNÂNCIA: A mais importante de todas, possivelmente, ou pelo menos a mais sintética. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples: uma espada e um escudo podem tornar-se uma reta e um círculo, e um homem pode ser um aglomerado de formas geométricas. É o princípio da simplificação natural da percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada: desta forma, a parte mais facilmente compreendida em um desenho é a mais regular, que requer menos simplificação.
CLAUSURA: Ou "fechamento", o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto. Ocorre geralmente quando o desenho do elemento sugere alguma extensão lógica, como um arco de quase 360º sugere um círculo.
EXPERIÊNCIA PASSADA: Esta última relaciona-se com o pensamento pré-Gestáltico, que via nas associações o processo fundamental da percepção da forma. A associação aqui, sim, é imprescindível, pois certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. Da mesma forma, a experiência passada favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória.
Análise das imagens
Para se fazer uma análise sintática de uma imagem, é preciso, necessariamente, identificar os principais elementos da composição. E tratar a imagem não como a semiótica, que faz a análise da ligação e significado das partes que a compõem, mas sim do ponto de vista da percepção do olho humano, do modo de estruturar naturalmente os seus elementos gráficos em nossa mente. Foi justamente para estudar essa percepção que se desenvolveu a Teoria da Gestalt. Propõe essa teoria, entre outras regras, que o cérebro humano tende automaticamente a desmembrar a imagem em diferentes partes, organizá-las de acordo com semelhanças de forma, tamanho, cor, textura etc., que por sua vez serão reagrupadas de novo num conjunto gráfico que possibilita a compreensão do significado exposto. A Gestalt estabelece sete relações através das quais as partes da imagem são agrupadas na percepção visual: proximidade, semelhança, direção, pregnância, boa continuidade, fechamento e experiência passada. Esse dom natural de "arrumar" as informações passadas em seu cérebro possibilita ao homem assimilar esses dados com maior facilidade e rapidez. Na Arte figurativa, em geral, a preocupação na organização e disposição dos elementos ultiliza-se dos mesmos princípios posteriormente estudados pela Gestalt, desde os estudos de Leonardo Da Vinci e Alberti sobre a perspectiva e a hierarquização dos componentes, podendo os valorizar, dar-lhes destaque ou relegando-os a segundo plano, tendo como resultado na obra final um papel principal e destacado, logo percebido pelo espectador, ou secundário no entendimento da cena. Em Gestalt, explicamos esse "fenômeno da percepção" através da decomposição e imediata recomposição das partes em relação ao todo. Não é muito diferente com a imagem comunicativa. Os mesmos elementos da figura artística se aplicam à comunicação visual, inclusive a retórica. Uma imagem é capaz de ter a mesma eloqüência que um discurso falado ou mesmo que um livro. Tudo depende da ordem e da intensidade em que são organizados: a sua configuração ou Gestalt. Seja texto ou imagem, estamos lidando com discursos da propaganda, e daí devemos perseguir sempre os elementos fundamentais desses objetos de análise..
créditos:
http://mundovampyr.spaces.live.com/blog/cns!5D46570095BCB829!411.entry
Também:
A Psicologia da forma, Psicologia da Gestalt, Gestaltismo ou simplesmente Gestalt é uma teoria da psicologia que considera os fenômenos psicológicos como um conjunto autônomo, indivisível e articulado na sua configuração, organização e lei interna. A teoria foi criada pelos psicólogos alemães Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Kurt Koffka (1886-1940), nos princípios do século XX. Funda-se na idéia de que o todo é mais do que a simples soma de suas partes.

Wednesday, January 21, 2009

Regras éticas e estéticas na criação de arte
RUBENS PILEGGI SÁ
Pensar na criação artística como um evento de fluxos, processos e continuidades onde a "obra de arte" seja apenas um instante de uma força motriz em eterno movimento e, principalmente, sem abandonar a questão ética e estética do foco, fazendo com que poética e política sejam indissociáveis, continua sendo um dos assuntos mais pungentes e urgentes sobre arte, desde o advento do modernismo, mais ou menos no final do século 18.
Quando se questiona noções como autoria, genialidade, originalidade, criatividade, tentando pensar a poética a partir de outras configurações como a criação coletiva, interfaces entre arte e vida - onde uma e outra se nutrem, confundem e se misturam - e direitos e propriedades, de modo geral, o que se pretende, de fato, é ampliar as possibilidades de criação além do que espera o bom gosto oficial e do que já está formatado como padrão para se pensar a arte em nossos dias.
Assim, não só a feitura da imagem passa a pertencer a um mundo onde tudo pode se transformar em arte, como também o próprio ato de realizar algo passa a ser um evento artístico, também. Por exemplo, incluindo espaços onde não se pensava poder abrigar arte, antes. Ou, com materiais perecíveis, recicláveis. Ou, até mesmo, com o próprio corpo.
Mais, fundindo e hibidrizando linguagens, onde os limites do que é pintura, escultura, desenho, teatro, dança, vídeo, etc. não sejam mais estanques, mas complementares. E, até, onde texto e ação se fundam, imagem e palavra se confundam. A arte já não é somente para "representar" o mundo, mas significá-lo, também. E hoje vivemos com tanta informação e material disponível que se torna tarefa indispensável manter-se atento ao tipo de trabalho que se pretende desenvolver, ainda mais quando se procura atravessar as brechas, vãos e rachaduras que nossa "sociedade de espetáculo" acaba proporcionando. Ou seja, cada vez mais a arte se transforma em "cosa mentale", como já dizia o renascentista da Vinci.
Com tanto material disponível, era de se esperar que uma hora aquela idéia que tínhamos de gênio, de originalidade, de esperança no novo, no moderno, fosse se esgotar. E, então era preciso reciclar as idéias para manter viva a chama da criação.
A colagem, já disse a crítica Rosalind Krauss, inaugura um pensamento onde a arte passa a trabalhar com vários materiais distintos à disposição do artista. E, a partir daí a idéia de colagem se amplia até o ponto de misturar não somente materiais, mas, qualquer forma com outra. Seja no nível das linguagens, seja um rato com uma orelha nas costas, como as recentes pesquisas no campo da genética. O que parecia somente uma brincadeira dadaísta do começo do século passado, tornou-se uma sombria profecia contemporânea.
Quando falamos em plágio, roubo de idéias, imitação, cópia, por exemplo, não queremos dizer, com isso, que tudo está liberado ao bel prazer de quem quiser se apropriar do trabalho alheio, mas de que esta é uma possibilidade de trazer para o mundo da arte e das idéias algo mais que um simples golpe comercial que se tornou regra no mercado. A cópia deslavada do trabalho e da pesquisa alheia.
Talvez, em arte, por uma questão de formação cultural, esse tipo de mecanismo se torna até mais grosseiro, porque se espera do artista alguma envergadura moral e senso crítico de seu trabalho. E, para não confundir o público, mostrando como exótico algo retirado de seu contexto e, vendido como arte em galerias, exposições e museus, por exemplo. Tirar uma árvore da mata e expor suas raízes em uma vitrine, como raridade, pode tornar seu autor com a fama de esperto, mas nunca um artista capaz de pensar sua época. Ainda estamos em tempos onde o marxismo é fundamental para entender o capitalismo e, somado ao enorme desperdício dos recursos naturais, isso de ser contra a própria criação, como se ela também não fosse o "deus ex machina", um golpe de teatro.
Rubens Pileggi Sá é artista, escreve na Folha de Londrina e publicou o livro Alfabeto Visual, a venda na Livraria do CANAL.

Thursday, October 09, 2008

À DESCOBERTA DO IMPRESSIONISMO


Impressionismo foi uma corrente artística que se desenvolveu em França, sobretudo nos anos 60 e 70 do século XIX. Assumiu o carácter de movimento quando um grupo de jovens pintores, constituído por Monet, Pissarro, Cézanne, Renoir, Basile e Sisley, se encontrou na Academia Suíça, em Paris. Unia-os o interesse contra a pintura académica, a que contrapunham a pintura feita nos locais e condicionada pelas observações resultantes das mudanças da luz e cor ao longo do dia.
Quando em 1863, o quadro de E. Manet
"Almoço na Relva", foi rejeitado pelo Salão Oficial, o grupo organizou o Salão dos Recusados, com o apoio do imperador Napoleão III, onde foram expostas algumas obras de pintores impressionistas. Este foi o primeiro espaço agregador da nova pintura , cujos promotores se encontravam e conviviam no Café Guerbois e no Café Nova Atenas. Apesar de serem oficialmente rejeitados, o escritor Zola defendeu-os publicamente e incentivou-os a continuarem as suas experiências plásticas e técnicas.
Influenciados também pelas descobertas sobre a cor e a luz, estes pintores vão procurar as margens dos rios, em particular o Sena, para tentarem reproduzir em linguagem pictural, os efeitos da luz sobre a água. Em 1871, C. Monet e Pissarro trabalham em conjunto e deslocam-se à Holanda e à Inglaterra, onde se inspiram na obra de W. Turner e de J. Constable. É precisamente Monet que, em 1872, pinta o quadro que servirá de referência identificadora da nova pintura
"Impressão, Sol Nascente". Apresentado publicamente, inspira um crítico da época que toma o título deste quadro como base do termo Impressionismo, com significado pejorativo.
Apesar dos percursos singulares quanto à técnica e às temáticas, o movimento apresentava uma unidade nas intenções e nas práticas, embora não tenha sido objecto de uma elaboração teórica por parte dos seus protagonistas. Só à prática de uma pintura baseada na impressão individual face ao tema e num tecnicismo científico unia as intenções de vários membros. Em 1874, estes expressam-se pela primeira vez como impressionistas no atelier do fotógrafo Nadar em Paris, realizando posteriormente mais sete exposições de grupo, até 1886, ano em que também são divulgados em Nova Iorque.
A pintura impressionista inscreve-se também no contexto do debate sobre o real. Enquanto, para os académicos, a pintura regista o mundo entendido como verdadeiro e permanente, os impressionistas tinham outro entendimento da realidade. Para estes, a realidade estava em constante mutação e a pintura devia ser capaz de traduzir esta ideia de mudança.
A arte impressionista era uma arte de ruptura, porque priveligiava a investigação e a experimentação, rompendo com os convencionalismos existentes -
"Olímpia" de E. Manet. As obras de ruptura reivindicam a autonomia da sua linguagem e destroem os convencionalismos académicos. A pintura impressionista procurou reproduzir a natureza na sua mutação profunda e tornou-se, assim, um método científico de análise da realidade através da observação e da utilização de técnicas adequadas. Por isso, os pintores procuram registar ambientes físicos que traduzissem cenários diferentes, de acordo com a ambiência da luz e da cor. O mesmo cenário podia ser pintado pelo mesmo ou por vários pintores com resultados diferentes, tudo dependendo da hora do dia, da época do ano e do enquadramento do tema. Entre a realidade e a tela pintada não havia influências, nem de sentimentos, nem de estudos. O pintor procurava respeitar o que captava, por meio das suas sensações-percepções, alheando-se o mais possível dos seus sentimentos.
Para conseguir os resultados pretendidos, os pintores impressionistas socorreram-se de técnicas sofisticadas e apoiaram-se nos mais recentes estudos sobre a cor, a luz, os pigmentos e até em obras sobre os mecanismos da visão e da percepção visual. No século XIX, aprofundaram-se teorias sobre a óptica e continuaram-se as experiências sobre os princípios psicológicos dos mecanismos de percepção.
Ao mesmo tempo eram levadas a cabo investigações científicas em relação à complexidade da luz pelos físicos Michelson e Morley e à formulação das leis da cor pelo químico Cheuvreul. Em simultâneo, Bergson começava a realizar os seus estudos sobre os dados imediatos da consciência. O impressionismo acabará por reflectir o espírito científico da mentalidade positivista de meados do século XIX, afirmando que as percepções dadas pelos sentidos são as únicas bases aceitáveis do conhecimento. Isto significava que o artista devia limitar-se à descrição do que via no momento em que pintava.
As cores eram aplicadas em pinceladas rápidas com base nos estudos científicos da cor. Tentavam reproduzir o carácter prismático da luz natural servindo-se das cores do arco-íris. As cores deixavam de ser artesanais e eram comercializadas em tubos, pela primeira vez em 1842, podendo ser levadas para o local de trabalho ao ar livre. Eram aplicadas directamente na tela, sem serem misturadas na paleta. O Impressionismo conseguia uma formulação pictórica em que o binómio cor-luz era o elemento principal e em que a ausência de cor, o negro, foi uma condição indispensável para o seu desenvolvimento. Foram abolidos os tons cinzentos e privilegiadas as transparências e a luminosidade. O quadro tornava-se uma pura superfície pictural, uma nova realidade. Com base neste rigorismo técnico e científico, a pintura desmaterializava-se e tornava-se cada vez mais uma atmosfera de transparências.
Os temas preferencialmente tratados pelos pintores impressionistas estavam ligados à prática da pintura da paisagem executada no local, à banalização dos temas e à descoberta consciente do quotidiano da sua época, tanto urbano como rural. Davam maior importância à técnica, em detrimento do tema, valorizavam os pequenos gestos dos rituais quotidianos e privilegiavam o tratamento técnico de alguns motivos como, por exemplo, a água e a luz. Afirmavam ainda necessidade urgente de pintar rostos e pessoas como se fossem paisagens. Ao nível da escolha das temáticas, existia uma novidade total em relação à importância dada à sua época, ao seu quotidiano, gestos simples da vida, retratando muitas vezes amigos, vizinhos e locais de divertimento. Era o mundo da pequena burguesia que estava representado, com todos os seus hábitos, virtudes e defeitos, desde a menina com o seu cão ao colo, ao apertar da sapatilha da bailarina na penumbra do palco em tarde de ensaio ou ao gosto sereno das mulheres e dos homens passeando nos barcos.
Embora o Impressionismo corresponda a um movimento de grupo, os percursos individuais de alguns artistas apresentam particularidades e merecem ser destacados, contribuindo cada um a seu modo para a definição desta proposta estética. Estão hoje representados nos principais museus do mundo.
http://www.prof2000.pt/users/angela/impress.htm

Friday, September 26, 2008


PRÊMIO JOÃO SIMÕES LOPES NETO DE ARTES VISUAIS

Artistas Selecionados

Elton Manganelli- Porto Alegre
Pauline Trecha- Canguçu/Pelotas
Isabel Miranda Ramil- Pelotas
Ricardo de Pellegrin- Pelotas
João Genaro- Pelotas
Rodrigo Lobato Schlee- Pelotas
Adrian Nornberg dos Santos- Pelotas
Kátia Costa – Cristal/Porto Alegre
Luci Sgorla de Almeida- Porto Alegre
Ana Paula Barcelos- Pelotas
Jane Machado- Porto Alegre
Informes:
Igor Simões
Instituto João Simões Lopes Neto(Produção Cultural)
Ator, Licenciado em Artes Visuais Mestrando
FAE-Faculdade de Educação UFPel