Wednesday, November 02, 2005

Bienal

Arte Bienal por todos os lados
Quinta edição do evento será inaugurada hoje
EDUARDO VERAS


A dido cultural do México no Brasil, Felipe Ehrenberg não reprime o entusiasmo: - Este ano, em todo o continente, do Canadá à Patagônia, só há dois ou três eventos que importam. Um deles é a Bienal do Mercosul. Se Ehrenberg tem ou não tem razão, o porto-alegrense poderá conferir a partir de amanhã - e de graça. A Bienal abre as portas a partir das 9h (confira os locais na página central e na página 10). A inauguração oficial, hoje à noite, no Santander Cultural, com a presença do ministro Gilberto Gil, está restrita a convidados. A mostra porto-alegrense já é saudada internacionalmente como uma das mais importantes do mundo, ao lado da centenária Bienal de Veneza, da cinqüentenária Bienal de São Paulo e da badalada Bienal do Whitney. - No Exterior, já há mais expectativa pela Bienal do Mercosul do que pela Bienal de São Paulo - garante Ehrenberg, curador da participação mexicana na Capital. Paulo Sergio Duarte, curador-geral da megaexposição, se faz mais modesto. Desde que assumiu o cargo, vem falando na necessidade de se cunhar a idéia de uma "Bienal de Porto Alegre", em lugar de "Bienal do Mercosul". Também diz que, na concepção do evento, não quis defender teses ou provar teorias. Escolheu as relações entre arte e espaço como tema porque essa é uma questão recorrente na História da Arte desde pelo menos o Renascimento. Comentando os núcleos históricos que estarão no Santander e no Margs, Paulo Sergio (paraibano que vive no Rio, professor da Universidade Candido Mendes) fazia questão de sublinhar: - Não é uma exposição que lança mão do elemento espetacular, ela lança mão da delicadeza. Claro que há números e nomes que poderiam alimentar uma abordagem espetaculosa: investimentos de R$ 10 milhões, esculturas monumentais em pleno Largo Glênio Peres, a maior retrospectiva do escultor mineiro Amilcar de Castro, participação de nomes quase míticos da arte performática, como a iugoslava Marina Abramovic, mais de 170 artistas de sete países. Diz o curador, porém, que há dados mais importantes. Ontem, pela manhã, em entrevista coletiva, enfatizou: - Esse evento tem uma responsabilidade muito grande num país como o nosso, tem um compromisso muito particular com o grande público. Sua missão principal é ampliar o público da arte contemporânea. É essa a missão de meu projeto curatorial. É isso que Porto Alegre tem a chance de conferir a partir de amanhã.
( eduardo.veras@zerohora.com.br )
Horário para visitação:
De terças a domingos
Das 09:00 às 21:00 horas
Entrada Franca

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